O que faz o Strategic Sourcing ser tão completo e forte? As ferramentas utilizadas para rodá-lo da maneira certa e, claro, no momento certo. Nós já falamos aqui um pouco sobre as principais ferramentas por trás da potente metodologia. Hoje eu conto quando você deve usar o TCO, o Cleansheet, o Cost Break Down e o Should Cost.
Boa leitura!
TCO (Total Cost of Ownership)
Essa é a ferramenta para você entender e mapear todo o custo da cadeia de abastecimento de um produto ou serviço. Ao comprar um carro, por exemplo, você precisa saber quanto é o seguro, quanto ele consome de combustível, como é a sua revenda etc. Não é só o preço do produto ou serviço , mas todo o custo que envolve a compra.
Por isso, o TCO deve ser aplicado em toda compra de um produto ou serviço com um preço ou valor agregado, o que chamamos de satélite. Outro bom exemplo que podemos usar é a compra de uma impressora. Seu fornecedor diz que a impressora dele é baratinha e custa apenas R$ 100. A do concorrente custa R$ 200. Você acaba comprando a mais barata. No entanto, com o passar do tempo, você vai perceber que a impressora mais barata acaba ficando mais cara, pois a tinta e a manutenção são mais caras. Se, neste caso, você tivesse rodado o TCO antes da negociação, provavelmente você teria optado pela impressora do concorrente.
Cleansheet
Pegar um produto ou serviço e dissecá-lo por inteiro. Basicamente essa é a ferramenta para analisar um item começando do zero.
Eu gosto de dar um exemplo clássico, de um processo que realizei em um grupo institucional e que saiu na revista Exame. Este processo envolvia uma carteira e já tínhamos chegado ao máximo do que entendíamos ser possível espremer o fornecedor. O cliente interno, responsável pela solicitação da carteira, a área de engenharia, o fornecedor e nós, de suprimentos, sentamos para desmontar todo o produto e entender peça por peça, cada elemento, o que era mais barato, o mais durável, se era específico para aquela carteira ou era de linha de mercado.
Por isso, o cleansheet tem que ser feito toda vez que você precisar entender como está constituído um produto ou um serviço. Então, você precisa entender qual é a massa, para entender se aquele produto tem o custo que realmente deveria ter.
Cost Break Down e Should Cost
Para mim o Crost Break Down é item obrigatório. Saber o que compõe a sua categoria é condição obrigatória para entender a estrutura do custo, negociar melhor, criar mais argumentação, tanto para o cliente interno quanto para o fornecedor.
Entender qual a variação de preço do item, produto ou serviço que você está comprando ajuda muito na confecção de orçamento e automaticamente facilita descobrir qual caminho você vai seguir. Então, para mim todo processo de negociação precisa de CBD logo após rodar a RFI.
O Should Cost é um avançado do Cost Break Down. A medida que se vai ganhando conhecimento dos fornecedores você pegar o melhor item de cada um, criar um Frankenstein para então entender quanto seria o mínimo se todos os fornecedores conseguissem trabalhar na sua melhor performance. Ou seja, é uma análise extremamente detalhada do custo dos seus fornecedores, item a item, que você vai encontrar dentro da estrutura de preço dele e que deve ser rodado em todo processo antes da fase de negociação.
No seu dia a dia você usa essas ferramentas? Divida conosco sua experiência e vamos crescer juntos?!